escassez de oferta e a forte procura (interna e externa) vão continuar a pressionaro imobiliário português. As conclusões são da Standard & Poor’s (S&P), que prevê um aumento de 9,5% no preço das casas para este ano. Portugal será, de resto, a par da Irlanda, o país com a maior subida dos preços das casas na Europa.

Os dados da agência de notação financeira norte-americana mostram que em Portugal os preços vão continuar a subir a uma taxa acima da média dos países analisados pela S&P – foram dez países, no total. Depois de 9,5% em 2018, os preços em Portugal voltarão a subir 7% em 2019, 6% em 2020 e 5% em 2021.

A suportar a forte procura – que alimenta a subida dos preços – , diz a S&P, está “o crescimento robusto da economia, a criação de emprego e as baixas taxas de juro”, mas também a diminuição da taxa de desemprego e os “incentivos especiais”, como os vistos gold e o programa para residentes não habituais.

No primeiro trimestre deste ano, os preços das casas subiram 12,2% em Portugal, depois de já terem aumentado 10,5% em 2017. A subida foi superior nas casas usadas (13%), face à verificada em habitações novas (9,7%), destaca a agência.

A S&P considera, ainda assim, que o mercado português “permanece acessível”, com “um rácio de preços-rendimentos ainda 7% abaixo da média de longo prazo”. A agência acredita que o mercado imobiliário vai “manter-se dinâmico ao longo dos próximos anos, suportado pela criação de emprego e pelo aumento de rendimentos, bem como pela procura externa”.

As previsões constam do relatório “Europe’s Housing Market“. No documento, a agência analisa a evolução dos preços do imobiliário em dez países: Bélgica, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Países Baixos, Portugal, Espanha, Suíça e Reino Unido